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Tristeza, desmotivação, falta de esperança, cansaço e falta de vontade de levantar da cama. Estes e outros sentimentos negativos fazem parte da vida.

No entanto, quando o problema se agrava e passa a interferir na rotina e na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e até mesmo se divertir surge um sinal de alerta.

Os transtornos que afetam a saúde mental, como a depressão e ansiedade, podem se apresentar em diversas nuances. Por vezes, as doenças são confundidas com falta de vontade, preguiça ou desleixo, o que torna o diagnóstico mais complexo.

O que é depressão

A depressão é um transtorno comum e sério que interfere na vida diária das pessoas afetadas. As causas são multifatoriais, incluindo questões genéticas, biológicas, ambientais, psicológicas e sociais. Pesquisas científicas apontam que o risco de depressão resulta da influência de vários genes que atuam em conjunto com fatores ambientais ou outros.

No entanto, a depressão também pode ocorrer em pessoas sem histórico familiar do transtorno. Nem todos os pacientes com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. Além disso, a gravidade, frequência e duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Aproximadamente 280 milhões de pessoas no mundo têm depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 3,8% da população do planeta seja afetada, incluindo 5% de adultos e 5,7% de indivíduos com mais de 60 anos. A depressão é considerada a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças.

Principais sinais da depressão

Diferentemente das flutuações de humor habituais e das respostas emocionais de curta duração comuns, a depressão provoca quadros clínicos acentuados e impacta de maneira significativa a qualidade de vida. Principalmente quando recorrente e de intensidade moderada ou grave, a depressão pode trazer sofrimento e prejudicar a rotina de trabalho, escola e familiar.

Nos quadros mais severos, a depressão pode levar ao suicídio. Todos os anos mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, segundo estimativas da OMS. O problema de saúde pública afeta famílias, comunidades e países inteiros e tem efeitos duradouros para as pessoas. O suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo.

Durante um episódio depressivo, a pessoa vivencia o humor deprimido, caracterizado por tristeza, irritação e sensação de vazio. Há perda de prazer e interesse em atividades, na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas.

Vários outros sintomas também estão presentes, e podem incluir falta de concentração, sentimentos de culpa excessiva ou baixa autoestima, desesperança em relação ao futuro, pensamentos sobre morte ou suicídio, distúrbios do sono, alterações no apetite ou no peso e sensação de cansaço ou falta de energia.

No humor depressivo, há um pensamento de que se perdeu, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Algumas pessoas podem se mostrar mais apáticas do que tristes, e se percebendo como um peso para os familiares e amigos.

Além de reforçar avaliações negativas sobre si mesmos, pessoas em depressão também percebem as dificuldades como intransponíveis. Em casos mais graves, surgem pensamentos suicidas que podem variar de uma pessoa para outra.

Quadros clínicos variam

Diante da particularidade da mente humana, as manifestações de transtornos mentais se apresentam de diferentes maneiras entre os indivíduos.

Pessoas em depressão podem sentir cansaço excessivo mesmo sem ter realizado esforços físicos intensos. A falta de vontade e de iniciativa também está associada a um retardo motor e à um processo mais lento do pensamento. São comuns queixas como falta de memória e de concentração em atividades cotidianas.

Os distúrbios do sono também podem indicar problemas na saúde mental, como a insônia durante a noite ou sonolência intensa durante o dia. O aumento ou perda de peso também afetam pessoas deprimidas. Enquanto o apetite tende a diminuir, em geral, algumas pessoas podem ter um aumento da fome, associada principalmente ao consumo de carboidratos e doces.

Episódios depressivos também podem ser marcados por dores e sintomas físicos, como mal-estar, cansaço, incômodo digestivo, dor no peito, taquicardia e aumento do suor.

Tratamento e onde buscar ajuda

O tratamento da depressão envolve um esforço multiprofissional, que pode contar com o auxílio de psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e médicos de família. Como qualquer doença, a conduta depende dos sintomas e da gravidade do quadro clínico de cada paciente e deve ser definida por profissionais de saúde especializados.

A psicoterapia, o uso de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento profissional para a realização de mudanças no estilo de vida são algumas das possibilidades de tratamento.

A Opas afirma que os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Já os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada a grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos.

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Para as pessoas que estão em crise, o Centro de Valorização da Vida (CVV) disponibiliza a ajuda de especialistas durante 24 horas. Basta ligar para o telefone 188 ou acessar o chat pelo site. O site Mapa da Saúde Mental (https://mapasaudemental.com.br/) permite a consulta de locais que oferecem o atendimento gratuito, voluntário ou com preços acessíveis no país.

A OMS alerta que embora existam tratamentos conhecidos e eficazes para transtornos mentais, mais de 75% das pessoas em países de baixa e média renda não recebem tratamento. Segundo a OMS, as barreiras incluem a falta de recursos e de profissionais de saúde treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais. Em países de todos os níveis de renda, as pessoas que sofrem de depressão muitas vezes não são diagnosticadas corretamente.

Algumas atitudes podem fazer a diferença e contribuir para a saúde mental, como reduzir o tempo de uso da internet, estabelecer horários, evitar o excesso de bebidas alcoólicas e a busca por uma alimentação equilibrada.