Dia Mundial da Saúde Mental: por que o tema importa para as empresas
Nesta segunda-feira, 10, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental. A data busca trazer luz à importância dos cuidados preventivos e também de longa data com o bem-estar psicológico, além de chamar a atenção para transtornos de difícil diagnóstico, mas que ao mesmo tempo têm se tornado cada vez mais comuns, como a bipolaridade, ansiedade e depressão.
A data, que busca conscientizar pessoas e instituições sobre a urgência do tema, foi instituída pela Federação Mundial da Saúde Mental, em 1992. Em 2022, a celebração do Dia Mundial da Saúde Mental completa 30 anos.
Saúde mental nas empresas
Ainda que tenha ganhado força com a pandemia, a priorização do bem-estar psicológico ainda não é uma realidade certa em todas as empresas, indica uma pesquisa da consultoria Capita. Segundo o estudo, 49% dos colaboradores não acham que seu líder imediato saberia o que fazer se eles conversassem com ele sobre um problema de saúde mental.
Em outra análise, feita pela Vittude, plataforma de terapia online, 70% dos trabalhadores brasileiros afirmam que as empresas não sabem lidar corretamente com a questão, e 61% dizem já ter sido prejudicados pelo estresse excessivo no trabalho.
Saúde mental no trabalho
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental.
A estimativa da OMS e também da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é que diagnósticos de depressão e ansiedade custem à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.
A atenção ao assunto se tornou ainda maior com a pandemia, período em que empresas se depararam com a urgência em lidar com o bem-estar e saúde de funcionários com práticas mais humanas e direcionadas, especialmente com o modelo remoto de trabalho.
Fenômenos globais em ascensão como o quiet quitting (grosso modo, um debate sugere que as pessoas cumpram o mínimo desejado para que continuem empregadas, sem se esforçar a mais do que necessário) e a grande resignação (demissão voluntária em massa devido ao descontentamento com as formas de trabalho atuais) também reforçam a relevância do tema.
Entre as doenças mentais mais comuns no ambiente corporativo, especialmente durante esse período, se destacam o burnout, ansiedade e a depressão.
Como as lideranças devem agir
Incentivar práticas que favorecem o bem-estar e a saúde mental no ambiente corporativo é, também, responsabilidade das empresas empregadoras. Nesse cenário, as recomendações da OMS incluem o desenvolvimento de líderes com treinamentos e capacitações voltadas especificamente à gestão de times de forma humanizada.
Em 2022, pela primeira vez, a organização indicou a empresas de todo o mundo a criação de treinamentos gerenciais para aprimorar a capacidade de líderes de identificarem trabalhadores em situação de vulnerabilidade mental e também evitar a criação de ambientes de trabalho estressantes.
Fonte: Revista Exame